Revisão e revisionismo historiográfico: os embates sobre o passado e as disputas políticas contemporâneas

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Demian Bezerra de Melo

Resumo

Com reconhecida cidadania no âmbito do movimento socialista, o termo revisionismo é largamente utilizado em vários contextos em debates historiográficos após a II Guerra Mundial. O propósito deste artigo é o de discutir o significado que a operação revisionista tem adquirido em alguns debates do campo, atentando para o tipo de “economia política” (FONTANA, 1998) que têm informado algumas releituras de processos-chave da História Contemporânea. O artigo discute cinco debates, sendo dois considerados matriciais, a saber: sobre a Revolução Francesa a partir das proposições de François Furet; e sobre o Nazifascismo, a partir das contribuições de Ernst Nolte e Renzo De Felice. Em seguida discutem-se as recentes proposições revisionistas sobre o Franquismo, o Salazarismo e a Revolução Portuguesa de 1974-1975 e do Golpe de 1964 e da Ditadura no Brasil. Não obstante suas particularidades, será possível observar diversos pontos em comum a esses revisionismos, entre os quais o antimarxismo.

 

Palavras-chave: revisionismo, historiografia, antimarxismo

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Artigos
Biografia do Autor

Demian Bezerra de Melo, Universidade Federal Fluminense

Doutor em História pela UFF, atualmente é professor substituto do curso de História da UFRJ.