Capitalismo, sujeito moderno e corporativismo identitário
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Resumo
A emergência das sociedades capitalistas demandou o processo de modernização política que criou as bases para a expansão da burguesia como classe dirigente e dominante. Essas bases determinaram a separação entre Estado e sociedade, público e privado e uma concepção particular de sujeito que se universalizou na figura do cidadão. A hegemonia do sujeito moderno definiu igualmente os subalternos como grupo silenciado. Na relação de tensão entre a universalidade formal que se impõe como hegemônica e as particularidades reais que definem a subalternidade, as identidades se estabelecem como forma de atuação política e quebra do monopólio de fala autorizada do sujeito hegemônico. A estratégia de contraposição dos elementos particulares contra a universalidade formal caracteriza o que se pode chamar de corporativismo identitário, como momento no processo de constituição do sujeito “para si”.
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