Ação performática: sintoma de uma crise na esquerda
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Abstract
O artigo apresenta a gênese do conceito de ação performática, aquilo que compreendemos, hoje, como tática preferencial de partidos revolucionários, que buscam sair do isolamento político, priorizando eventos com potencial de visibilidade, como marchas e protestos. Um dos fundamentos para o fenômeno da ação performática estaria na cisão histórica entre espontaneidade e organização e na influência, não assumida, sobre os partidos, de teses que sugerem seu próprio fim, a partir dos debates da crise do valor e da defesa de certo esgotamento de categorias como classe e trabalho. Ao contrário, porém, do que se supõe, a adesão à ação performática não seria uma reação à burocratização, supostamente imanente à forma-partido, mas efeito da própria burocratização. Aqui, avançamos rumo à caracterização da ação performática como um Acting Out e estabelecemos alguns eixos para se pensar o partido e o hábito revolucionário.
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