The hidden subject of removals: entrepreneurs and favelas in Guanabara (1962-1973)
Article Sidebar
Main Article Content
Abstract
In the years 1962-1973, the city of Rio de Janeiro was deeply transformed by a policy of systematic slums removal. Although many past researches have frequently pointed to the alignment of such a policy to the interests of real estate capitals, this particular matter remains to be thoroughly examined. Therefore, the present article seeks to analyze the policy of favela removal taking into account the deep entanglement between the dimensions of State and civil society in that historical period. The main hypothesis is that the business community in real estate sector was not a passive beneficiary of such a policy, but a decisive agent in its design and effective implementation, specially during the military-entrepreneurial dictatorship that began in 1964.
Article Details
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Desde que se atribua crédito ao/à criador/a original, a licença permite que outras pessoas usem, façam adaptações e compartilhem a obra para fins não comerciais. Isso significa que o uso da obra não pode ser feito visando auferir rendimento comercial.
References
ABREU, Maurício de A. Evolução urbana do Rio de Janeiro. 4a ed. Rio de Janeiro: Ins-tituto Pereira Passos, 2008.
AZEVEDO, Sérgio de; ANDRADE, Luís Aureliano Gama de. Habitação e poder: da Fundação da Casa Popular ao Banco Nacional de Habitação. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2011[1982].
BITTENCOURT, Danielle Lopes. “O morro é do povo”: memórias e experiências de mobilização em morros cariocas. Dissertação (Mestrado em História Social) – Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2012.
BRUM, Mario. Cidade Alta: história, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ponteio, 2012.
CAMPOS, Andrelino. Do quilombo à favela: a produção do “espaço criminalizado” no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira. Estranhas catedrais: as empreiteiras brasileiras e a ditadura civil-militar, 1964-1988. Niterói: Eduff, 2014.
CASTELLS, Manuel. A questão urbana. 4a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983 [1972]).
CONSTRUÇÃO de casas para o povo será item na reunião dos governadores. Cor-reio da Manhã. Rio de Janeiro. 28/06/1961. p.2.
CONSTRUÇÃO Civil pede que nova lei libere alugueis novos e aumente os antigos. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 11/07/1964. p.9.
DINIZ, Eli; BOSCHI, Renato. Empresariado nacional e Estado no Brasil. Rio de Janei-ro: Forense-Universitária, 1978.
DIREÇÃO da COHAB anuncia conclusão de obras no Rio. Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 08/06/1967. p.12.
DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Vozes, 1981.
DULLES, John W. F. Carlos Lacerda: a vida de um lutador. Vol 2: 1960-1977. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
ESTATUTO imobiliário é bom para construtores. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 29/10/1964. p.5.
FAULHABER, Lucas. Jogo imobiliário carioca. Dissertação (Mestrado em Planeja-mento Urbano e Regional) – Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio de Janerio, Rio de Janeiro, 2016.
FONTES, Virginia Maria Gomes de Mattos. Reflexões im-pertinentes: história e capi-talismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2005.
_______. Continuidades e rupturas na política habitacional brasileira, 1920-1979. Dissertação (Mestrado em História Social) – Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1986.
GONÇALVES, Rafael Soares. Favelas do Rio de Janeiro: história e direito. Rio de Ja-neiro: Pallas/PUC-Rio, 2013.
GUSMÃO, Hugo. Um olhar através de mapas na política que barra negros e pobres na cidade do Rio de Janeiro. 23/10/2015. Disponível em: <https://desigualdadesespaciais.wordpress.com/2015/10/23/um-olhar-atraves-de-
mapas-na-politica-que-barra-negros-e-pobres-na-cidade-do-rio-de-janeiro-2/>. Acesso em 18/11/2024.
IMPEDIR obras nas encostas é demagogia, diz construtor”. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 23/2/1967. p.14.
LEEDS, Anthony; LEEDS, Elizabeth. “Favelas e comunidade política: a continuidade da estrutura de controle social”. In: LEEDS, Anthony. A sociologia do Brasil Urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. p.186-263.
LIMA, Nísia Verônica Trindade. O movimento de favelados do Rio de Janeiro – polí-ticas do Estado e lutas sociais (1954-1973). Dissertação (Mestrado em Ciência Política), Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Rio de Janei-ro, 1989.
MALIN, Mauro. Francisco Negrão de Lima. s.d. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/francisco-negrao-de-lima. Acesso em 14/06/2020.
MENDONÇA, Sonia Regina de. O patronato rural no Brasil recente (1964-1993). Rio de Janeiro: UFRJ, 2010.
_______. “Estado e políticas públicas: considerações político-conceituais”. Outros Tempos, Vol.1 esp., 2007. Disponível em: <http://www.outrostempos.uema.br/vol_especial/dossieespecialart01.pdf>. Acesso em 18/11/2024.
MOTTA, Marly da Silva. Saudades da Guanabara: o campo político da cidade do Rio de Janeiro (1960-1975). Rio de Janeiro: FGV, 2000.
OAKIM, Juliana. “Urbanização sim, remoção não”. A atuação da Federação das As-sociações de Favelas do Estado da Guanabara nas décadas de 1960 e 1970. Dissertação (Mestrado em História Social) – Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014.
PEREZ, Maurício Dominguez. Lacerda na Guanabara: a reconstrução do Rio de Ja-neiro nos anos 1960. Rio de Janeiro: Odisseia, 2007.
PERLMAN, Janice. O mito da marginalidade: favelas e política no Rio de Janeiro. Trad. de Waldívia Marchiori Portinho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977 [1976].
PESTANA, Marco Marques. Remoções de favelas no Rio de Janeiro: empresários, Estado e movimento de favelados, 1957-1973. Rio de Janeiro: Arquivo Naci-onal, 2022.
PLANO urbaniza as favelas e mantém os seus moradores. Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 02/03/1967. p.2.
PORTES, Alejandro. “Política habitacional, pobreza urbana e o Estado: as favelas do Rio de Janeiro, 1972-76”. Estudos Cebrap, n.22, São Paulo, out/dez 1977. pp.131-161.
POULANTZAS, Nicos. O Estado, o poder, o socialismo. Trad. de Rita Lima. Rio de Janeiro: Graal, 1981[1978].
RIO: população dobra em 15 anos”. Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 27/08/1967. p.3.
THOMPSON, Edward P. Tradición, revuelta y conciencia de clase: estudios sobre la crisis de la sociedad preindustrial. Barcelona: Editorial Crítica, 1979.
VALLA, Victor Vincent (coord.). Educação e favela: políticas para as favelas do Rio de Janeiro, 1940-1985. Petrópolis: Vozes/ABRASCO, 1986.
VALLADARES, Licia do Prado. Passa-se uma casa: análise do programa de remoção de favelas do Rio de Janeiro. 2a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1980 [1978].
Fontes:
Arquivo Nacional. Fundo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES).
BRASIL. Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4380.htm. Acesso em 12/03/2019.
CAMPOS, Roberto. Lanterna na popa: memórias. Rio de Janeiro: Topbooks, 1994.
CHISAM. Coordenação de Habitação de Interesse Social da Área Metropolitana do Grande Rio – Origem – Objetivos – Programas – Metas. Rio de Janeiro: 1969.
CORREIO DA MANHÃ. Rio de Janeiro, 1950-1969.
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DA GUANABARA (IDEG). A interpenetração das áreas faveladas e áreas industriais no estado da Guanabara. Rio de Janei-ro, 1968.
JORNAL DO BRASIL. Rio de Janeiro, 1964-1974.